Entre os dias 20 e 23 de junho, a Ação da Cidadania é a sede do Encontro Nacional Contra a Fome, evento organizado por diversas entidades que atuam na temática da segurança alimentar, com especialistas e personalidades que irão debater saídas e soluções para frear o avanço da fome no Brasil.
Representando o Maranhão e o município de Cururupu, estão os colaboradores Shirley Bruzaca, Lindalva Pereira e Ribamar Araújo, ambos têm ao longo dos anos elevado a luta contra a fome no estado e em Cururupu através da ação da cidadania no Maranhão e do Comitê da Cidadania em Cururupu puxado pela Rádio Alvorada FM, hoje alimentado pelos programas Comando Geral e Jornal da Alvorada.
Shirley Bruzaca, que tem fortes relações com a cidade de Cururupu, teve participando no dia 09 de junho de 2022, da audiência pública Audiência Pública destinada a debater o “Pré-lançamento da Agenda Betinho contra a fome, com divulgação dos dados do II Inquérito da Rede PENSSAN, e celebração dos 15 anos da FPSAN”. Bruzaca participou de forma virtual representando o Comitê Maranhão da Ação da Cidadania e defendeu eficiência na segurança alimentar do país.
Lindalva, é cururupuense da gema e frente a Ação da Cidadania no Maranhão, não mede esforços para discutir politicas publicas afirmativas e ajudar o estado e a cidade de Cururupu com ações em vários sentidos, e fortalece as ações voltadas para a segurança alimentar.
O evento teve a sua abertura oficial na noite do dia 20 de Junho com um evento de lançamento à 18hs que contará com uma fala representativa das entidades e com um show de abertura de TERESA CRISTINA e MART’NÁLIA.
As discussões tratam da:
– Apresentação do 2º Inquérito Nacional de Segurança e Insegurança Alimentar, divulgado no início desse mês. Os resultados dessa pesquisa chocaram o país e para discutir suas causas e significados, o Encontro contará nesta mesa com a participação das que estiveram à frente deste inquérito. Esta pesquisa, certamente, norteará fortemente o que será desenvolvido ao longo do Encontro.
– Como o Brasil saiu do Mapa da Fome? José Graziano da Silva, Tereza Campello, Caio Magri, e Ribamar de Araujo e Silva Um panorama das principais Ações implementadas que levaram a redução da fome no pais ate 2014. Painelistas apresentarão uma sinopse das principais Ações realizadas entre 2003 e 2014 que contribuíram para que a fome caísse a níveis inferiores a 5% da população.
– Do urbano ao rural: por que a fome atinge mais as mulheres? O encontro de uma hora mediado pela jornalista Bela Reis, os panelistas Francisco Menezes, Luna Arouca e Selma Gloria debatem os principais motivos pelos quais chegamos a uma situação alarmante de fome no país. O painel destacará como a fome atinge mais as mulheres tanto no meio urbano como no rural. Os debatedores trarão dados dos seus territórios que aprofundarão os dados nacionais apontados pelo II Inquérito sobre Insegurança Alimentar da Rede Penssan. Ao mesmo tempo os panelistas serão provocados a compartilhar e identificar soluções e alternativas. Através de exposição visual dos dados e casos e da mediação ágil da jornalista, se buscará interação entre os panelistas como também perguntas do público presente e online.
– Mutirão contra a fome do Movimento dos Pequenos Agricultores Humberto Palmeira e Mateus Quevedo – militantes do Movimento dos Pequenos Agricultores Motivado pela situação de insegurança e riscos gerados pelos efeitos da pandemia de Coronavírus e pelas crises econômica e social resultantes da política neoliberal empreendida pela atual gestão federal, o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) propõe a realização de um grande “Mutirão Contra a Fome”, uma campanha nacional de arrecadação e distribuição de alimentos para apoiar famílias em situação de vulnerabilidade social e econômica. A campanha tem como objetivo central arrecadar e distribuir alimentos à famílias de trabalhadores e também à população em situação de rua. O MPA busca ainda fortalecer a organização do povo através de comitês populares de abastecimento, incentivando a participação das organizações do campo e da cidade no processo, bem como, a transição agroecológica desenvolvida nas unidades produtivas camponesas. Para o MPA essa ação pode ajudar a garantir o acesso ao alimento a toda a população, contribuindo também para as pessoas procedam o seu resguardo frente à pandemia, tendo seu direito à alimentação resguardado.
– Compras públicas de alimentos, abastecimento alimentar e convivência com o Semiárido As medidas adotadas pelo governo Bolsonaro levaram o país a uma situação de crise política, econômica, de fome e miséria. Ao mesmo tempo que o Brasil amplia a produção agropecuária de commodities, não há qualquer política de incentivo à produção de alimentos para o mercado interno, nem para o combate à inflação de alimentos. Isso levou a ampliação do quadro de insegurança alimentar e nutricional de mais da metade da população brasileira, sobretudo das regiões Norte e Nordeste, sendo as mulheres negras as mais afetadas por esse desmonte. Desse modo, entendemos oportuno aprofundar o debate sobre o desmonte, por parte do Governo Bolsonaro, do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), da Companhia Nacional de Abastecimento e dos programas de convivência com o Semiárido.
– Imperativo ético pela dignidade humana: denúncia e enfrentamento ao projeto político e econômico da fome; e anúncio e defesa da construção do Bem Viver dos povos. O painel tem objetivo de abordar a fome como projeto político e econômico, a partir da ótica estrutural e conjuntural, bem como anunciar que há alternativas viáveis para construção de outros modos de produção e organização social, tratando diretamente do papel do Estado e também da organização social e experiências como as economias solidária, feminista e de povos tradicionais. Abordando assim um referencial de formação social e econômica brasileira, a partir da teoria estruturalista da Cepal, capaz de apontar as determinações históricas, que produzem o projeto político da fome no Brasil. Além disso, apontar algumas das causas conjunturais fruto das políticas de austeridade no Brasil pós-2016 e que se intensificaram desde 2019. Por fim, anunciar projetos alternativos em caráter estrutural e conjuntural: de forma especial o Bem Viver como sistema de organização e democratização econômica e social do Estado, as economias solidária, feminista, de povos tradicionais como experiências positivas, exemplificadas a partir da Economia de Francisco e Clara como convergência de debates e lutas relacionadas ao Estado, de experiências das entidades com produção e comercialização e das Casas de Francisco e Clara como espaço de encontro e promoção dessas alternativas.
– Frente Nacional Contra a Fome A Frente Nacional Contra a Fome nasce no contexto de crise emergencial da pandemia em uma perspectiva de enfrentamento estrutural da fome, nas mais complexas dimensões que a conforma. Busca fazer frente ao desmonte das políticas públicas de segurança alimentar, fazer frente a uma cultura pautada em um sistema político, econômico, legal, social e ambiental que leva à exclusão e não inclusão de pessoas, tal como a mercantilização da vida. Em busca de uma nova forma de trazer respostas, aponta para soluções da base, servindo como espaço de articulação, mobilização, educação e organização popular que, ao mesmo tempo, promove iniciativas de pessoas, movimentos, instituições, associações, instâncias de tomada de decisão, setor privado e gestão pública em prol de uma nova forma de ser e agir contra a fome.
– Tribunal Popular da Fome A Conferência Popular por Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional promoveu em setembro de 2021 um Tribunal Popular Juradas e Juradas escutaram acusação, defesa, os depoimentos e analisaram as provas apresentadas. O Corpo do Júri considerou o governo Brasileiro CULPADO pelo aumento da Fome no país. O Júri Popular entendeu que o Governo Federal violou o Direito Humano à Alimentação e a Nutrição Adequadas e o Direito Emergencial a Estar Livre da Fome assentados no ordenamento jurídico nacional e internacional. Mais que isso, comprovou-se que o Governo Federal não RESPEITOU, não PROTEGEU, não PROMOVEU e não GARANTIU este direito ao POVO COM FOME. Assim, por ação e omissão, o Governo Federal causou sofrimento físico e psíquico ao POVO com FOME. A atividade apresentará a sentença resultante deste processo