A redação do Blog do Claudio Mendes foi procurada por várias mães de alunos dos povoados quilombolas de Cedro, Entre Rios, Boa Vista e adjacências, alegando que em torno de 19 crianças estão sem estudar por não haver a abertura da escola quilombola Unidade Escolar Valdir Ribeiro que fica no quilombo de Boa Vista.
Escola quilombola está paralisada desde 2015, na gestão do ex-prefeito Junior Franco, isso por falta de alunos, pois na região não tinha alunos suficientes manter a escola em funcionamento. Mas de 2015 para os dias atuais já têm 19 crianças que com idade entre 3 e 6 anos nas comunidades quilombolas. Requerendo uma analise para a reabertura, pois de acordo com as informações do MEC, a escola Valdir Ribeiro esta paralisada por falta de alunos, mas que segundo as informações adquiridas, é só informar ao MEC que a escola não esta mais paralisada e fazer a manutenção da mesma.
Segundo as mães, na segunda feira dia 21 de março, foi feita uma tentativa manter dialogo com o secretário de educação, Professor João Carlos Braga, onde o mesmo relatou que a escola não reabriria e que uma D20 faria o deslocamento dos alunos (crianças), até a sede do município, mas o mesmo não atendeu ao pedido das mães de reabrir a escola, e sem perder tempo, às mães seguiram caminho para a prefeitura e onde conversaram com o vice-prefeito Gustavo Pestana, que continuou reafirmando a não reabertura da escola.
Os pais alegam porque não reabrir a escola já que tem 19 alunos nas comunidades? Se os pais das crianças estudaram em outros momentos na própria escola da comunidade.
As mães temendo pela saúde e integridade física dos filhos, afirmam que, para que as crianças de 3 a 6 anos possam chegar a até a escola Adélia Said, a mais próxima elas (crianças) devem acordar e tomar café logo cedo e estar prontos (vestidos com o uniforme) desde às 6 horas da manhã, para chegarem às 7 horas na escola mais próxima. No mínimo essas crianças vão acordar às 5 horas da manhã, tomarem café e torcerem para terem merenda na escola, o retorno é outro transtorno, pois essas crianças têm que esperar os maiores e ai as crianças passarão do horário de almoçarem.
As mães apelam às autoridades constituídas para que possam olhar com carinho e exercerem as práticas constitucionais para fazerem valer o direito das crianças, e pedem apoio a todos os órgãos e entidades.
Os pais não aceitam e estão questionando porque colocar a vida das crianças em risco principalmente no inverno se tem uma escola no próprio quilombo, que é a escola Valdir Ribeiro do quilombo de Boa Vista, pois o percurso é de uma hora de estrada vicinal com vários buracos?
Fato de difícil entendimento por parte da comunidade é que na câmara de vereadores e nas redes sociais, a gestão municipal e seus aliados propagam a reaberta das escolas das ilha de Porto Alegre (Carrapato) com 5 alunos e Prainha que tem 7 alunos, ambas no litoral. Já não pode reabrir a escola quilombola Valdir Ribeiro, só lembrando que a reforma e ampliação da escola Valdir Ribeiro, foi coordenada pelo então vice prefeito na época da gestão do ex-prefeito Junior Franco, que é o atual prefeito da cidade de Cururupu, Aldo Lopes.
Os pais denunciam o desprezo com a ponte de acesso das comunidades, a famosa ponte do Satuca que faz ligação às comunidades quilombolas de Entre Rios, Cedro, Boa Vista e Alto Brasil e adjacências que está quebrada desde janeiro.
Manifestação do Governo Municipal.
Sobre a Unidade Escolar Valdir Ribeiro, da comunidade quilombola de Boa Vista, os pais estão sendo alertados que a escola mesmo tendo 19 alunos não reabrirá, isso devido às situações administrativas, pois vai gerar despesas a mais, mas já está sendo providenciado um transporte para fazer o deslocamento das crianças a partir dos 3 anos, mas tudo depende da ponte da comunidade de Satuca ficar pronta.
Os interlocutores afirmam que não tem possibilidade e não faz parte do planos da educação reabrir a escola, pois será mais gastos para a educação e burocracias interna, mesmo tendo estes 19 alunos.
O secretário de Obras e Serviços Urbanos, Breno Araújo, falou a nossa reportagem que as reivindicações estão sendo atendidas no tangente a ponte do Satuca, o madeirame já esta no local e a equipe já começou o serviço de construção da ponte e em breve a ponte estará pronta.
Áudio da carta na voz de uma das mães.
Mas na tarde deste sábado (02), a nossa equipe recebeu as primeiras imagens que provam a recuperação da ponte do Satuca pela equipe técnica de carpinteiros e marceneiros comandada pelo “irmão Júlio”, onde teve o apoio de vários populares das comunidades de Entre Rios e Satuca.
A equipe técnica informou que se não fosse a elevação do rio e a estrutura de pilares de madeira a ponte já estaria pronta neste sábado (02), mas primando pela coerência e segurança foi preciso reforçar e fazer novos estaqueamentos, onde a prefeitura já providenciou todo o material, que chegará ao local nos próximos dias. A ponte já está recebendo pedestres e motocicletas.
A ponte de Satuca tem 22 metros de comprimento por 3,5 metros de largura e terá também os corrimões. Com o novo estaqueamento ele ficará mais firme e suportará mais peso.