Psicólogas Ana Carla e Laice Miranda alertam para sinais de suicídio e dão orientações

O nosso Blog esteve conversando com as psicólogas Laice Miranda e Ana Carla Pestana, sobre um assunto muito importante para os dias atuais, o SUICÍDIO. Sim, um tema que desperta muitas interrogações nas pessoas. 
É de extrema importância falar sobre o “suicídio” nos dias de hoje, pois mesmo tendo crescido de forma alarmante o índice de tentativas e mortes causadas pelo suicídio, este assunto ainda se mostra como um tabu e de difícil compreensão, onde a grande maioria das pessoas questiona o que levaria alguém a tirar a própria vida. 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) disponibiliza dados que mostram o suicídio como uma das dez principais causas de morte, e que pode ocorrer em qualquer faixa etária e classe socioeconômica. Logo, qualquer pessoa pode estar sujeita a cometer este ato, se não souber trabalhar suas frustrações e não procurar a ajuda de um profissional. 
A Psicóloga Laice Miranda, que filha de um cururupuense, em entrevista exclusiva para o Blog do Claudio Mendes, revela pontos importantes que podem levar uma pessoa a tentar contra a própria vida. 
“A pessoa que concretiza o suicídio, geralmente, já tentou outras vezes, o que podemos chamar de comportamento suicida. São pessoas que carregam um sofrimento muito grande e na tentativa de diminuir a dor, buscam métodos que o levam à morte. Há diversos fatores de risco que podem ser os causadores, como um transtorno psiquiátrico (depressão…), brigas na família, perda de um emprego, término de um relacionamento, negligência ou abuso sexual na infância, violência doméstica, ser vítima de bullying, uso de drogas e álcool, entre outros fatores, são vulnerabilidades que precisam ser compreendidas”. Disse Laice 
Quando acontece um caso de suicídio, toda a família, amigos, a sociedade de um modo geral, fica abalada, pois torna-se um sofrimento coletivo. Porém, há possibilidades de prevenir o comportamento suicida, e este deve iniciar na família, lidar com a morte é um tema que a maioria prefere evitar, mas deve ser trabalhado. 
Para Laice as campanhas de alerta são importantes, pois deixa todos cientes da necessidade de buscar ajuda. “Campanhas e palestras nas escolas para crianças e adolescentes sobre valorização da vida são importantes, qualificação de profissionais que lidam diretamente com pessoas que tentaram o suicídio na intenção de não haver uma reincidência, a orientação familiar, o acompanhamento psicológico adequado, entre outras ações voltadas para o coletivo, no intuito de minimizar os índices de suicídio cometidos. 
Este é um tema complexo, e mesmo com a existência de vários estudos e pesquisas, ainda assim, estamos longe de compreender a profundidade do que é o ser humano, isso inclui suas dores e vivências negativas, por isso não nos cabe julgar quem tenta cometer um suicídio ou agir com preconceito, o ideal seria usar a empatia, tentar se colocar no lugar no outro, dessa forma poderemos contribuir com a diminuição do sentimento de culpa e tristeza que a pessoa carrega após essa experiência traumática”. Disse Laice Miranda 
Já a psicóloga cururupuense Ana Carla Pestana, detalha os possíveis problemas que podem levar a pessoa a cometer suicídio. “Dependendo da situação e histórico de vida da pessoa, geralmente a depressão que causa desânimo, falta de motivação na vida, leva as pessoas acharem que não terá saída para seu sofrimento e são motivados a cometer o ato, a psicologia costuma explicar que a pessoa que comete tal ato, não quer acabar com sua própria vida, mas sim com a dor que a oprime”. 
Perguntamos se pode ser identificar sintomas de uma pessoa prestes a cometer suicídio? Carla disse que sim, através de sinais de seu sofrimento. 
Sim as pessoas dão sinais dos seus sofrimentos, tentam chamar atenção de alguma forma, por palavras ou atitudes. Elas não estão querendo chamar atenção de forma inadequada, existem muitos julgamentos errôneos, que a pessoa com pensamento suicida não avisam, sim elas avisam elas pedem socorro, às vezes com mudança de comportamento exemplo: isolamento, medos, ansiedade, choros constantes sem motivos aparentes, inseguranças e falta de motivação, sempre olham para qualquer situação como algo que não há resolução. 
Carla chama atenção para as campanhas e movimentos que alertam para a prática do suicídio e que podemos intensificar e envolver mais pessoas. “Sim existem movimentos e campanhas que sensibilizam a sociedade para ver e compreender, que doenças mentais existem e como qualquer outra doença física necessita-se de cuidados. A campanha em favor a vida, tem destaque no mês de setembro, “Setembro amarelo” Combate e prevenção ao suicídio, valor a vida. A intenção não é falar de suicídio, mas sim falar sobre a valorização da vida, intensificando a saúde mental e oferecendo atendimentos profissionais, psiquiátrico e psicológico”. 
“Existe também um programa chamado “Centro de Valorização a Vida” só ligar para o número 188 onde terão pessoas capacitadas para ouvir alguém no momento de dor e desespero. Existem também serviços ofertados no município, acompanhamento psicológico nas UBS, Caps, Cras e atendimentos na rede de educação. Todos em um só objetivo, trabalhar a saúde mental, e favorecer melhor qualidade de vida”. Concluiu Ana Carla

Respostas de 2

  1. E Um Assunto de suma importância…. muitas das vezes a sociedade vira as costas para tais sinais de comportamento suicida… E o ideal seria a família esta bem proximo.

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