• Dívidas deixadas por Junior Franco comprometem finanças e dificultam gestão da prefeita Rosinha em Cururupu.

    Dívidas deixadas por Junior Franco comprometem finanças e dificultam gestão da prefeita Rosinha em Cururupu
    Cururupu (MA) — A atual administração da prefeita Rosinha enfrenta sérias dificuldades para manter os compromissos administrativos do município devido ao elevado passivo herdado da gestão anterior, sob comando do ex-prefeito Junior Franco. Desde o início do mandato, em 1º de janeiro de 2017, Rosinha e sua equipe têm lidado com dívidas acumuladas, que comprometem significativamente o orçamento da cidade.

    Herança maldita: dívidas quase impagáveis
    Conforme relato da própria gestora, dívidas milionárias continuam surgindo, muitas delas judicializadas, provocando constantes bloqueios e cobranças. Um dos exemplos mais impactantes envolve um débito superior a R$ 800 mil reais junto ao SAAE, contraído ainda na administração anterior.

    ULTRAGAZ CURURUPU
    ULTRAGAZ CURURUPU

    “Todos os dias somos surpreendidos por novas notificações da justiça ou por credores cobrando dívidas da antiga gestão. É quase impossível governar assim”, afirmou Rosinha.

    Parcelamentos de última hora e contratos duvidosos
    Outra situação que causou indignação foi a descoberta de um parcelamento feito pelo ex-prefeito com a CEMAR (atual Equatorial Energia) em 31 de dezembro, um dia antes de deixar a prefeitura. Segundo a atual gestão, a manobra comprometeu ainda mais as contas do município, jogando para o futuro uma dívida milionária que agora recai sobre os ombros da nova administração.

    “O que foi feito com a CEMAR foi um ato de extrema irresponsabilidade, no apagar das luzes, deixando a bomba para estourar na nossa gestão”, criticou a prefeita.

    Pressão do funcionalismo e atuação do MP
    Enquanto tenta equilibrar as finanças públicas, Rosinha também enfrenta pressão dos servidores públicos, que cobram salários em dia, benefícios e investimentos em infraestrutura. “O funcionário quer o salário dele, com razão. Mas com tantos desmandos e dívidas deixadas, fica quase inviável administrar”, desabafou a prefeita.

    Sinspumuc
    Sinspumuc

    Rosinha também comentou a atuação do Ministério Público: “Tenho buscado entendimento com o MP, que tem sido implacável comigo, mas não deu o mesmo tratamento à gestão anterior, mesmo diante de tantas irregularidades. Está muito difícil e complicado.”

    Escolas demolidas e abandono
    Em tom de indignação, Rosinha denunciou ainda que duas escolas em perfeito estado de funcionamento, localizadas no bairro Areia Branca, foram demolidas durante a gestão passada — um ato que ela classifica como “puro desrespeito ao patrimônio público e à população”.

    “Estamos reconstruindo Cururupu com diálogo constante com a população. Herdamos dívidas, destruição e abandono, mas estamos trabalhando com seriedade para reorganizar a cidade”, afirmou a prefeita.

    Análise:

    A situação fiscal de Cururupu escancara o impacto que gestões irresponsáveis podem causar a médio e longo prazo. A prefeitura, hoje, lida com os reflexos de decisões tomadas sem planejamento e às vésperas da troca de governo. É fundamental que os órgãos de controle, como o Ministério Público, adotem uma postura mais equitativa e atuem com firmeza diante das irregularidades passadas. O povo de Cururupu não pode pagar a conta da má gestão de poucos.

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