
Mirinzal (MA) – A Câmara Municipal de Mirinzal realizou uma audiência pública na noite desta quarta-feira (10) para discutir o atraso no início do ano letivo em toda a rede pública municipal. O debate foi marcado por denúncias de irregularidades no processo seletivo de professores e críticas à postura do prefeito Jadilson Coelho, que, segundo os vereadores, tenta prorrogar um seletivo já considerado problemático.
A audiência contou com a presença de vereadores, dezenas de professores, membros da sociedade civil e representantes do poder executivo municipal, exceto o prefeito, que não compareceu ao evento nem se pronunciou oficialmente sobre as acusações.

De acordo com os parlamentares, o Executivo enviou à Câmara um projeto solicitando a prorrogação de um seletivo realizado no ano anterior, que, segundo denúncias feitas por vereadores e educadores, apresentou fraudes e outras irregularidades.
Durante a audiência, um professor fez uso da palavra para detalhar algumas das falhas no processo seletivo, atualmente sob análise do Poder Judiciário. Por esse motivo, os vereadores consideram juridicamente inviável qualquer tentativa de reaproveitamento do certame.
O vereador Dennis Ribeiro, que pediu vista do processo por uma semana, confirmou que o projeto de prorrogação se refere ao mesmo seletivo investigado por suspeitas de fraude e que não passou por nenhuma correção ou auditoria.
Segundo o vereador Dennis Ribeiro e o advogado da Câmara, Armstrong Lemos, a solução imediata para garantir o início das aulas passa pela realização de um novo processo seletivo, conforme recomendação dos parlamentares.
Eles propuseram que, caso o prefeito lance um novo edital até a próxima sexta-feira (16) — quando ocorre a próxima sessão da Câmara —, o projeto será aprovado em regime de urgência, possibilitando a contratação de professores e o início do calendário letivo.
Diante do impasse, foi formada uma comissão de populares para intermediar o diálogo com o Executivo municipal. A principal reivindicação é a realização de um processo seletivo transparente, legal e igualitário, evitando a repetição de erros apontados no processo anterior.
Apesar da gravidade da situação, a Prefeitura de Mirinzal ainda não se manifestou oficialmente. O único representante do governo presente à audiência foi Cecílio Bracho, dirigente de uma das pastas administrativas, acompanhado por alguns funcionários comissionados.
A equipe de reportagem tentou contato com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Mirinzal, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para manifestação da gestão municipal.





