A confirmação do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como o sucessor de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na disputa pelo Palácio do Planalto nas próximas eleições de 2026, já está gerando fragmentação nas fileiras da direita e acelerando as articulações políticas.
Flávio foi escolhido diretamente por Jair Bolsonaro para liderar o movimento bolsonarista. O ex-presidente, a principal figura desse movimento, está detido desde 22 de novembro na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, após ter sido condenado a 27 anos de prisão por seu envolvimento em um plano de golpe de Estado.
O Centrão, um bloco político conhecido por sua falta de uma ideologia definida e sua propensão a se aliar a diferentes governos, já mostra sinais de resistência à candidatura de Flávio. A análise deste grupo sugere que ele enfrentará isolamento por não ser capaz de unificar um bloco sólido de direita, o que pode resultar em uma fragmentação das candidaturas dispostas a se opor ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O partido União Brasil, que integra o Centrão, já sinalizou que não deve prestar apoio à candidatura de Flávio, uma vez que a sigla tem como pré-candidato o governador de Goiás, Ronaldo Caiado.
Enquanto isso, o PSD também se pronunciou, afirmando que está em busca de “protagonismo” na corrida eleitoral. Até agora, o nome que ganha força no partido é o do governador do Paraná, Ratinho Jr..
No entanto, em contraste com essa resistência, diversos governadores de direita, incluindo Ratinho Jr. e líderes de estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, expressaram apoio à candidatura de Flávio.
Conforme declarou Cláudio Castro (PL-RJ), a intenção é “oferecer todo o apoio necessário” para que o PL se apresente com força nas eleições.
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, também do PL, manifestou seu apoio à escolha da sigla, ressaltando que sempre esteve ao lado de Bolsonaro e que seu candidato será aquele que o ex-presidente indicar.





