Crime aconteceu no povoado de Igaraté; suspeito foi preso com a arma e polícia investiga motivação do disparo.
Uma tragédia chocou o povoado de Igaraté, na cidade de Barra, no oeste da Bahia, na noite do último domingo (18). A pequena Emanuelle Lima Pires, de apenas 1 ano e 2 meses, foi morta com um tiro de espingarda disparado pelo próprio pai, Manuel Pascoal da Cruz Pires, segundo a Polícia Civil.
A criança estava no colo da mãe, em frente à casa da família, quando o suspeito chegou à residência procurando o irmão da ex-companheira, com quem mantinha uma desavença.

“Ele chamou pelo ex-cunhado, mas quem apareceu foi a ex-mulher com a filha no colo. Foi então que ele atirou de imediato”, afirmou o delegado Marcos Pina, responsável pelo caso.
A mãe da vítima não foi atingida, e a polícia ainda investiga se Manuel confundiu as pessoas ou se atirou intencionalmente contra a ex-companheira.
Após o disparo, Manuel tentou fugir, mas foi localizado e preso em flagrante. Com ele, os policiais encontraram a espingarda usada no crime. A arma foi apreendida para perícia.
A menina Emanuelle morreu na hora, e o corpo foi encaminhado ao Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Irecê. A liberação ocorreu nesta segunda-feira (19), após exames do Instituto Médico Legal (IML).
A mãe da criança, cujo nome não foi divulgado, também será ouvida formalmente pela polícia. Testemunhas do crime estão sendo identificadas e deverão prestar depoimento nos próximos dias.
Após a repercussão do caso, falsas informações começaram a circular nas redes sociais, com fotos da criança acompanhadas de mensagens enganosas alegando que ela estaria doente. A Polícia Civil da Bahia alerta que essas postagens são falsas e desrespeitosas, e reforça que a morte de Emanuelle foi causada por disparo de arma de fogo cometido pelo pai, conforme registrado oficialmente no boletim de ocorrência.
Ainda não há definição sobre o enquadramento jurídico do crime. No entanto, considerando o vínculo familiar e o contexto de violência doméstica, é possível que o Ministério Público solicite o enquadramento como homicídio qualificado, podendo incluir também feminicídio e agravantes como motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima.
Este crime brutal levanta mais uma vez o alerta sobre a necessidade urgente de proteção de mulheres e crianças em contextos de violência doméstica, especialmente em regiões afastadas dos grandes centros.





