• Policial militar agride e tortura adolescente que namora sua enteada no Maranhão

    A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) do Maranhão anunciou o afastamento imediato de um policial militar de suas funções operacionais após denúncias de agressão e tortura contra um adolescente de 17 anos em Trizidela do Vale. Além do afastamento, a arma do militar foi confiscada, e um procedimento administrativo foi aberto pelo 19º Batalhão de Pedreiras para investigar as circunstâncias do caso.

    A SSP também revelou que a polícia civil está conduzindo um inquérito para apurar possíveis crimes, incluindo tortura, dano qualificado, falsa comunicação de crime e ameaça. Em sua declaração, a secretaria ressaltou que não tolera ações ilegais cometidas por seus profissionais e que o policial envolvido poderá enfrentar as sanções adequadas conforme a lei. As investigações estão em pleno andamento e devem ser finalizadas dentro do período legal estabelecido.

    Relatos de violências conforme o adolescente e sua mãe

    ULTRAGAZ CURURUPU
    ULTRAGAZ CURURUPU

    A situação ganhou notoriedade após o jovem e sua mãe relatarem terem sido alvo de violência física e psicológica praticada pelo policial. O adolescente, que reside na área e é estudante, afirmou que foi abordado e imobilizado pelo militar, que começou a agredi-lo devido a questões pessoais ligadas ao relacionamento do jovem com a enteada do agente.

    Sinspumuc
    Sinspumuc

    Os relatos a respeito das agressões apontam que a violência teria ocorrido antes da chegada de uma guarnição da polícia militar, que foi acionada por vizinhos que notaram a movimentação suspeita. O adolescente narrou que foi amarrado e não teve como se defender, enquanto recebia múltiplos golpes por um tempo prolongado. Além disso, um objeto que se assemelhava a uma mangueira teria sido utilizado durante as agressões. Conforme a denúncia, pouco antes da chegada de outros policiais, o militar teria pressionado o adolescente a inventar uma versão falsa dos acontecimentos, alegando que ele teria tentado entrar em uma casa para roubar uma motocicleta. Essa narrativa seria utilizada para justificar as agressões e a abordagem violenta sofrida pelo jovem.

    Ao ser levado para a delegacia em Trizidela do Vale, o adolescente relatou que não recebeu o tratamento adequado por parte dos outros policiais, que, de acordo com ele, estavam alheios à verdadeira motivação do caso e agiram apenas com base na versão fornecida pelo militar. Durante o processo policial, o jovem afirmou que foi alvo de atitudes desrespeitosas. Ao reencontrar seu filho na delegacia, a mãe percebeu imediatamente os sinais de espancamento e expressou sua indignação com a situação.

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