• Prestação de Serviço: Fim do aperto Conselheiros Tutelares com salários em dias.

    Conselheiros tutelares de Cururupu denunciam atraso salarial e desabafam: “A nossa fome não tem paciência”

    CURURUPU – A redação do Blog do Cláudio Mendes recebeu no início da semana um desabafo enviado por um dos conselheiros tutelares de Cururupu, relatando a grave situação financeira enfrentada pelos membros do órgão, em decorrência de atrasos salariais por parte da gestão municipal. Antes de publicar o conteúdo, a produção entrou em contato com a administração pública, notificando a gestão por e-mail e também por meio da assessoria jurídica.

    No texto encaminhado, o conselheiro ressalta a dedicação exclusiva exigida pelo cargo e denuncia que os conselheiros estão com dois meses de salários atrasados, situação que tem gerado sérias consequências pessoais e familiares. Confira um trecho do relato:

    “Os conselheiros de Cururupu estão passando por dificuldades financeiras por conta dos constantes atrasos de seus proventos. (…) O aluguel da casa que moro não tem paciência, a fatura do cartão de crédito não tem paciência, a minha filha de 2 anos não tem paciência, a nossa fome não tem paciência. Eu particularmente estou passando pela maior crise da minha vida e às vezes penso em desistir…”

    ULTRAGAZ CURURUPU
    ULTRAGAZ CURURUPU

    O relato também reconhece as dificuldades enfrentadas pelas administrações públicas em meio à crise financeira nacional, mas cobra respeito aos direitos dos conselheiros e urgência na solução do problema.

    Sinspumuc
    Sinspumuc
    Texto do Conselheiros Tutelar:
    Conselho Tutelar órgão permanente, autônomo, e não jurisdicional encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente. É vedado ao conselheiro tutelar acumular outras funções renumeradas ou seja ele trabalha exclusivamente no Conselho Tutelar, das 08 as 12 das 14 as 18 e em regime de de plantão a distancia a noite, nos feriados e fins de semana. Os conselheiros de Cururupu estão passando por dificuldades financeiras por conta dos constantes atrasos de seus proventos. Como  citei anteriormente o conselheiro não pode ter outra função, outro serviço, o que impossibilita buscarmos outros meios de ganhar algum dinheiro para amenizar nossa situação e por isso ficamos a mercê do poder publico. Completamos dois meses de salários atrasados, temos consciência da crise financeira que passa todas as prefeituras do país, inclusive a deste município, longe de mim julgar a gestora por má administração,  queremos que nossos direitos sejam respeitados. paciênciajá tivemos bastante, os nossos credores esses não terem paciência, o aluguel da casa que moro não tem paciência, a FATURA DO CARTÃO DE CREDITO não tem paciência, a MINHA FILHA DE 02 ANOS NÃO TEM PACIÊNCIA, a nossa fome não tem paciência. Eu particularmente estou passando pela maior crise da minha vida e as vezes penso em desistir, mas sei de minha responsabilidade diante do Conselho Tutelar de meu município e das pessoas que confiaram em mim. Não estou conselheiro  pelo salario, mas também pela missão que a comunidade me confiou que é zelar e de cuidar de nossas crianças e adolescentes. Rezo e torço para que nossa gestora resolva nosso problema. Boa tarde“.

    Resposta da gestão municipal

    Procurada pelo blog, a assessoria jurídica da Prefeitura de Cururupu, representada pelo advogado Dr. Michel Lacerda, respondeu oficialmente à demanda:

    “Sobre o pagamento em atraso dos conselheiros tutelares, a administração informa que, assim como os demais servidores da administração, os mesmos ainda não haviam recebido o mês de dezembro e o 13º salário, por problemas já conhecidos da população.

    Todavia, no último dia 1º de fevereiro, o salário referente ao mês de dezembro já foi pago e, na data de hoje, serão pagos os valores referentes ao 13º salário.

    De forma que a municipalidade está trabalhando para que, em breve, seja divulgado um calendário de pagamento de todos os servidores, incluídos aí os conselheiros tutelares.”

    A nota da assessoria jurídica foi enviada à nossa redação no dia 6 de fevereiro de 2018.

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