• Seap garante tratamento de esgoto na UPR de Cururupu após preocupações ambientais

    Obra de saneamento em unidade prisional do município visa despejo de água tratada no Rio Cururupu, segundo nota oficial da Secretaria

    A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) se pronunciou oficialmente nesta semana sobre as obras em andamento na Unidade Prisional de Ressocialização (UPR) de Cururupu, no Maranhão. O esclarecimento ocorreu após a veiculação de uma matéria no Blog do Claudio Mendes, que trouxe à tona a preocupação de moradores com o risco de despejo de esgoto não tratado diretamente no Rio Cururupu, importante recurso hídrico da região.

    Moradores temem poluição do rio

    O Blog do Claudio Mendes, vem denunciando que por muito tempo o esgoto da UPR foi despejado a céu aberto em uma das principais ruas da cidade. Após diversas reclamações, foi iniciada uma obra de saneamento que, embora considerada positiva, gerou dúvidas sobre o destino final dos dejetos.

    O temor maior da população local é que, sem tratamento adequado, o esgoto seja lançado diretamente no Rio Cururupu, um dos mais importantes do município. O rio é essencial para a navegação entre ilhas da região e sustenta comunidades pesqueiras tradicionais, como as do povo Maiaú, inseridas dentro da Reserva Extrativista (Resex) das Reentrâncias Maranhenses, reconhecida como sítio Ramsar, de importância ecológica global.

    ULTRAGAZ CURURUPU
    ULTRAGAZ CURURUPU

    Seap afirma que água será tratada antes de atingir o rio

    Em nota enviada ao Blog do Claudio Mendes, a SEAP explicou que o objetivo da obra é justamente tratar adequadamente o esgoto da unidade prisional antes do seu despejo no rio. Segundo o órgão, o projeto passou por aprovação técnica da equipe de engenharia da Seap e da empresa contratada.

    “As obras de saneamento têm como finalidade o correto despejo de água tratada no rio que dá nome à cidade”, afirmou a secretaria em nota oficial.

    A Seap também informou que, em 22 de fevereiro de 2018, foi realizada uma sessão pública no Fórum Desembargador José Pires Sexto, com a presença de autoridades locais, incluindo representantes da Prefeitura de Cururupu, do Poder Judiciário, da Procuradoria, da Câmara de Vereadores e da empresa responsável pela obra.

    Sinspumuc
    Sinspumuc

    Durante a reunião, foi assegurado que a estação de tratamento funcionará com filtros anaeróbicos, que garantem a eficiência na remoção de poluentes, conforme atestado por engenheiros especializados.

    Importância ambiental da região reforça atenção com o saneamento

    O Rio Cururupu está inserido em uma das regiões ecologicamente mais sensíveis do Maranhão. Com cerca de 185 mil hectares, a Resex abriga milhares de famílias que sobrevivem do extrativismo e da pesca artesanal. O território inclui 13 ilhas, extensos manguezais e áreas de rica biodiversidade.

    Por isso, qualquer intervenção ambiental deve obedecer a critérios técnicos rigorosos, o que torna ainda mais relevante o esclarecimento prestado pela Seap sobre a obra em questão.

    Transparência e fiscalização ainda são demandas da comunidade

    Mesmo com o posicionamento oficial da Secretaria, parte da população de Cururupu ainda cobra mais transparência na execução da obra, com destaque para informações públicas e visíveis sobre o sistema de tratamento implantado. A fiscalização ativa por parte do município e dos órgãos ambientais é considerada essencial para garantir que os compromissos assumidos sejam cumpridos.

     
    A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) esclarece que as obras de saneamento, em curso nas imediações da Unidade Prisional de Ressocialização (UPR) de Cururupu, têm como finalidade o correto despejo de água tratada no rio que dá nome à cidade; uma vez que o projeto desenvolvido pela equipe de engenharia da Seap e da empresa contratada foi apreciado e aprovado pelas partes técnicas.
     
    Após reunião extraordinária, realizada em sessão solene em 22 de fevereiro de 2018, no Fórum Desembargador José Pires Sexto, com participação da Prefeitura Municipal, do juiz da Comarca, da Procuradoria, Empresa de Engenharia e Câmara de Vereadores, a gestão prisional assegura que o tratamento do esgoto está garantido pelo uso de filtros anaeróbicos, cuja eficácia foi confirmada por engenheiros técnicos.
     
    Por fim, diante da carência histórica da população por serviços de saneamento básico; e da completa idoneidade da documentação que dispõe sobre a intervenção, a Seap por sua vez não mediu esforços para solucionar o problema existente.

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