Proposta prevê flexibilização da carga horária presencial; modalidade EAD pode chegar a 100% na educação de jovens e adultos

O governo do ex-presidente Michel Temer propôs a liberação de até 40% da carga horária do ensino médio na modalidade a distância (EAD), reduzindo o tempo que os estudantes passariam em sala de aula nas escolas públicas e privadas do país.
A proposta foi possível graças à Reforma do Ensino Médio, sancionada em 2017, que abriu brechas para o ensino remoto — prática antes vetada para essa etapa da educação básica.
Educação de Jovens e Adultos pode ser 100% remota
No caso da Educação de Jovens e Adultos (EJA), o governo quer autorizar que 100% das atividades sejam realizadas fora da escola, por meio de plataformas digitais ou métodos de ensino remoto.

As diretrizes vêm sendo discutidas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). Após sua definição, caberá a cada rede de ensino ou escola particular regulamentar os formatos, metodologias e ferramentas utilizadas para o ensino a distância.
Dois dias sem aulas presenciais
Com a mudança, os estudantes do ensino médio poderiam ter até dois dias por semana sem aula presencial, realizando as atividades remotamente. As novas regras permitiriam que qualquer disciplina do currículo escolar fosse ofertada no formato EAD.
A proposta vem gerando críticas por ocorrer em meio a cortes de recursos na área da Educação, o que levanta preocupações sobre a qualidade do ensino e o acesso de todos os estudantes às tecnologias necessárias para acompanhar o conteúdo online.





