
O crime que chocou São Luís começa a ter seus detalhes revelados. O site teve acesso exclusivo ao depoimento de Caio Lúcio Câmara dos Santos, de alcunha “CL”, apontado como autor dos disparos que mataram o major da Polícia Militar do Maranhão, André Felipe dos Santos Carvalho, em uma tentativa de assalto na última quarta-feira, 30 de abril, por volta das 16h46, no bairro São Francisco. O caso foi qualificado como latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte e a prisão preventiva do acusado foi homologada nesta sexta-feira (2).
Acompanhado por uma advogada, Caio se apresentou à Polícia Civil e confessou não apenas o crime contra o oficial da PMMA, mas também a prática de outros seis assaltos anteriores. No entanto, segundo ele, esta foi a primeira vez que utilizou uma pistola, nos demais crimes, agia com um revólver calibre .38.

Em seu depoimento, o suspeito relatou ter sido abordado na área da “Portelinha” por um comparsa identificado apenas como “Juninho”, com quem planejou um assalto. O objetivo inicial, segundo Caio, era roubar uma mulher com joias. Ao chegarem ao local em uma motocicleta, pilotada por Juninho, perceberam que a “vítima” era, na verdade, um homem, o major André Felipe.
Segundo Caio, a ação foi rápida. Ele estava armado e anunciou o assalto com a expressão “perdeu”, mas o major reagiu, sacando sua arma. Nesse momento, Caio alega ter feito cerca de sete disparos, inclusive na direção do carro da vítima. Em seguida, fugiram para uma oficina onde Caio teria escondido a arma em um veículo. A fuga prosseguiu com o apoio logístico de membros de uma facção criminosa, que ajudaram a transportar Caio e sua esposa até a cidade de Barreirinhas, mediante pagamento de R$ 400.
A audiência de custódia foi realizada na Central de Inquéritos e Custódia de São Luís. O juiz plantonista Francisco Ferreira de Lima considerou a prisão em flagrante legal e regular, com base no artigo 310 do Código de Processo Penal. Caio Lúcio segue preso, à disposição da Justiça.
Especialistas e autoridades em seguram revelam que o assassinato do major André Felipe, homem conhecido por seu histórico de combate ao crime, expõe mais uma vez a ousadia e a letalidade do crime organizado no Maranhão. A frieza com que o criminoso relata os detalhes do crime e a estrutura de fuga montada com apoio de facção revelam um cenário alarmante de violência urbana. O caso exige rigor máximo da Justiça e reforça a urgência por ações integradas de segurança pública.
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