A cada dia aumenta o número de casos de Covid-19 no Brasil e no mundo. No Maranhão, mais de 40 municípios já registram casos positivos do novo coronavírus, esta escalada no número de casos tem deixado muitas pessoas preocupadas e muitas vezes já em pânico, pois o medo da contaminação é grande.
A população quer casa vez mais proteção, isolamento social e distanciamento social nas ruas, por outro lado, as gestões estaduais e municipais, têm editado decretos no sentido de reter a quantidade de pessoas nas ruas e consequentemente frear a quantidade de contaminados, pois hoje o estado está fazendo manobras para poder atender as pessoas contaminadas e minimizar o número de mortes.

As comunidades rurais e praianas de Cururupu estão se desdobrando para fecharem suas portas de entradas e com apoio da gestão municipal, e ao mesmo tempo chamam a atenção da gestão para que proíba a entrada de pessoas que não residem no município e nas respectivas comunidades. Decretos tem retido a entradas de pessoas na cidade.
As comunidades da região do litoral fazem seus próprios isolamentos fechando as suas portas de entrada. Seguindo a estratégia da comunidade de Porto do Nascimento de Mirinzal, as comunidades dos municípios de Bacuri, Apicum-Açu, Cururupu, entre outras cidades estão literalmente fechando as suas entradas com cercas de madeira, barricadas e outras ferramentas para obterem prevenção.
Em Cururupu, os moradores da Ilha de Guajerutiua não permitem mais a entrada de embarcações e pessoas em seu porto, já as comunidades quilombolas de Fortaleza e Aliança, estão com suas estardas já fechadas também. Maracujatiua, Mano Santo, Tapera de Baixo também já se organizam para fecharem suas entradas.
Em contato com as lideranças da comunidade de Fortaleza, as mesmas alegam que o fechamento da principal via de acesso à comunidade é para combater o fluxo de pessoas tomando banho no rio da comunidade, essas pessoas estavam fazerem pequenas festas levando carro de som, bebidas e gerando aglomeração, com medo os populares fecharam para reter a quantidade de pessoas no rio.
Em Madragoa a comunidade está vigilante, seguindo os exemplos da população de Apicum-Açu, que está se mobilizando e agindo na cidade. Também em Cururupu a comunidade de Aquiles Lisboa, já se organiza e controla chegada de pessoas na comunidade.
Conversando com os nossos leitores, o senhor, Dilson Pinheiro, acredita que o isolamento das comunidades deste jeito não adianta, pois as pessoas não são auto suficientes para se manterem dentro das próprias comunidade.
“Tá no tempo da farinha, do milho, esses locais tem criação de animais, se eles só isolarem para quem pretende entrar não está certo, se eles continuam vindo à cidade, eles mesmo podem levar o vírus pra lá (para a comunidade)” Comentou o funcionário público
Então não adianta as portas das comunidades serem fechadas? “Obviamente que não! Uma vez que eles continuam tendo contato com o resto da população, em busca de mantimentos, a não ser que eles sejam auto sustentáveis!” Concluiu Dilson Pinheiro

Para a advogada, Scarllet Abreu, as medidas do enfrentamento ao novo coronavírus tem levado várias comunidades com seus próprios meios ao fechamento das entradas e saídas de onde residem. “Quanto mais perto se assiste um caso de morte pelo vírus, mais há mobilização pelo isolamento de quem ainda não foi atingido, ou de quem teme pela expansão desses casos”. Afirma
Segundo Scarllet Abreu, as medidas tem que serem tomadas pela autoridades obedecendo as regulamentações.
“Todavia, essas medidas devem ser adotadas pelas autoridades dentro de suas competências, de forma temporária e excepcional, devendo ter recomendação técnica e fundamentada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, conforme disposto na Lei 13.979 de 2020”.Disse a advogada.
“Ademais, a falta de avaliações dessas condições poderiam colocar em riscos municípios que dependem de serviços hospitalares vizinhos, ocasião pela qual é necessária a análise da aplicação dessas medidas. Assim, para a segurança das comunidades, recomenda-se que os moradores fiquem em casa para sua própria segurança e que as autoridades dentro de suas competências tomem as melhores medidas para impedir situações drásticas causadas pelo COVID 19, como já tem sido realizado pelas próprias autoridades”. Concluiu Scarllet Abreu.
Sandra Lisboa Cuba, disse que se cada cidade fizer o que as comunidades estão fazendo, as coisas irão melhorar bastante, pois irá diminuir o número de pessoas contaminadas e de pessoas espalhando o vírus.
“Vejo os políticos e governantes falarem em isolamentos social, isolamento domiciliar, mas as pessoas estão fazendo o que querem por falta de consciência e por inoperância do estado que não puni que não obedece as leis, fica até difícil se o próprio estado não fiscaliza o que determina” Comenta.
Dona Sandra, ao longo dos 48 anos, nunca tinha vista algo assim que abalasse suas estruturas. “Eu tenho 48 anos, nunca tinha visto uma doença para parar o mundo, credo!, Eu espero que as autoridades punam as pessoas que não estão colaborando e de certa forma propagam o vírus, e pelo outro lado tem comerciantes que não está atendendo aos decretos e colocando a vida de várias pessoas em risco”. Finalizou.