Na noite da última terça-feira, 27 de maio, o tribunal de Cururupu confirmou a condenação de Luciel Pereira a 18 anos de prisão, após um intenso júri popular. Este veredicto, embora represente uma etapa na busca por justiça, também traz à tona profundas reflexões sobre os desafios enfrentados na luta contra a violência de gênero.
O caso de Jéssica Lopes, que sofreu um feminicídio brutal após longos anos de violência doméstica por parte de Luciel, expõe a alarmante necessidade de combater a cultura de violência contra as mulheres, especialmente dentro de relacionamentos abusivos. A decisão do júri reflete um reconhecimento da gravidade da situação, oferecendo um alívio à família de Jéssica e à sua rede de apoio.
A condenação, que ocorre aproximadamente um ano após o crime, traz à tona a dor e a luta contínua de quem ficou. Jéssica não apenas perdeu a vida; seu filho também presenciou um ato de crueldade indescritível, algo que demanda uma reflexão mais profunda sobre as penas e a proteção das vítimas de feminicídio. A opinião pública questiona se a punição de 18 anos é suficiente para atos tão impiedosos, dado que a legislação brasileira prevê penas que variam de 12 a 30 anos.

O caso de Jéssica ecoou na cidade, provocando uma onda de comoção entre seus amigos e familiares, reafirmando o quanto ela era querida. Além disso, revela a carência de mecanismos eficazes de proteção para vítimas de violência. É fundamental que promovamos campanhas contra relacionamentos abusivos, abordando o medo e a dependência que tantas mulheres enfrentam ao tentar denunciar seus agressores.
Ademais, há um clamor por penas mais severas para crimes de feminicídio, pois apenas um debate amplo sobre a legislação atual poderá gerar mudanças necessárias. Que a memória de Jéssica Lopes não desapareça e que seu trágico destino impulsione transformações significativas na sociedade, garantindo que nenhuma mulher sofra em silêncio ou seja assassinada por buscar liberdade em relacionamentos violentos.





