A Polícia Civil do Maranhão, através do Departamento de Perícia Oficial da Grande Ilha, apresentou um laudo que comprova a troca de 4.859 mensagens entre o vice-governador Felipe Camarão (PT) e o blogueiro João Victor Santos Paes Landim, conhecido como Victor Landim, utilizando o aplicativo WhatsApp Business.
O documento, com 11 páginas, foi assinado pelo Perito Oficial de Natureza Criminal, Daniel de Matias da Silva Santos, que faz parte do Instituto de Criminalística de São Luís, que está ligado à Secretaria de Estado da Segurança Pública. O laudo de número 0073102/2025-PO, intitulado ‘Exame em Dispositivo Computacional Móvel’, não traz qualquer dúvida quanto à veracidade das informações extraídas.
Segundo o laudo, o celular analisado armazenava conversas do WhatsApp Business associadas ao número (98) 97012-4136, registrado em nome de Victor Landim, com trocas de mensagens frequentes com o contato identificado como ‘Felipe Camarão Vice Governador’, correspondente ao número (98) 99137-1731.
Um dos trechos mais polêmicos do material é um comentário de Camarão sobre a deputada estadual Mical Damasceno (PSD), onde ele usa expressões ofensivas e de natureza sexual, dizendo: ‘Imagina eu comendo essa doida? Eu não fodo essa doida não, pq deve gemer e gritar feio, até a voz dela é horrível.’
O conteúdo foi extraído tecnicamente e validado pelo perito, sem evidências de adulteração ou manipulação. A perícia enfatiza que: ‘Foram obtidas conversas pertencentes ao aplicativo WhatsApp Business, instalado e autenticado no dispositivo em exame. […] A conversa entre os dois participantes totaliza 4.859 mensagens, incluindo as enviadas e recebidas, além de mensagens de sistema.’
A divulgação deste laudo deve intensificar a pressão sobre Felipe Camarão, que ainda não se manifestou publicamente acerca dessas informações. O caso repercute também no cenário político local, já que a deputada Mical Damasceno é uma figura conservadora proeminente no Estado e se posiciona como pré-candidata à prefeitura de São Luís.
A revelação do diálogo levanta questões sobre a conduta do vice-governador, podendo resultar em implicações legais, administrativas e eleitorais, além de acirrar os ânimos no panorama político maranhense.
