Sargento Antonilson Póvoas, conhecido como “Tonga”, foi baleado na cabeça ao reagir a assalto no bairro Maiobão, em Paço do Lumiar. Colegas de farda e moradores pedem justiça e reforço na segurança pública.

A noite de segunda-feira (20) foi marcada por tristeza e revolta no Maranhão. O sargento Antonilson Póvoas Sousa, de 45 anos, foi baleado na cabeça ao tentar impedir um assalto e morreu na madrugada de terça-feira (21), após ser socorrido. O crime ocorreu na Avenida 10, no bairro Maiobão, em Paço do Lumiar, na Região Metropolitana de São Luís.
Segundo informações da Polícia Militar, dois criminosos tentaram roubar um carro estacionado na via principal do bairro. O veículo, no entanto, pertencia ao sargento, que reagiu à tentativa de assalto. Houve troca de tiros e o militar foi gravemente ferido.

Após o confronto, o sargento Póvoas foi encaminhado ao Hospital Clementino Moura (Socorrão 2) e posteriormente transferido ao Hospital do Servidor, onde não resistiu aos ferimentos.
Durante o tiroteio, ele conseguiu atingir um dos assaltantes, que foi socorrido pelo comparsa e levado para um hospital em São José de Ribamar. A identidade dos criminosos ainda não foi oficialmente divulgada.
Natural de Cururupu, sargento era conhecido como “Tonga”
Natural do município de Cururupu, Antonilson Póvoas era conhecido entre amigos e familiares como “Tonga”, e era filho de um morador local conhecido como “Parece”. Ele também trabalhou na segurança pessoal do ex-juiz da comarca de Cururupu, Celso Serafim.
Sua morte provocou grande comoção em toda a região e nas redes sociais, com manifestações de pesar, pedidos de justiça e críticas ao sistema de segurança pública do estado.
Um dos desabafos mais compartilhados foi o do policial militar Guimarães Júnior, colega de farda do sargento Póvoas, que lamentou a perda e denunciou a insegurança vivida diariamente na região:
“Todo dia inúmeras pessoas vêm sendo vítimas de assaltos nessa região do Maiobão, como em toda a região metropolitana. E a culpa nós já sabemos de quem é. Querem fazer teatrismo com a segurança pública. Estão aí os resultados todos os dias”, escreveu.
A publicação rapidamente viralizou, com dezenas de internautas expressando indignação e tristeza, incluindo Dennis Póvoas, sobrinho da vítima, que também cobrou providências do governo estadual:
“Nossa sociedade vive, a cada dia, mais refém dos bandidos, que vivem sem medo de ser punidos.”
A morte do sargento Póvoas reacende o debate sobre a efetividade das políticas de segurança pública no Maranhão, especialmente na região metropolitana de São Luís, onde a criminalidade vem crescendo.
A população e a categoria militar cobram respostas imediatas das autoridades, tanto na investigação e punição dos criminosos, quanto na estruturação de políticas de proteção aos profissionais de segurança e à sociedade civil.
O assassinato de mais um policial militar em serviço representa não apenas uma tragédia para a família e os amigos, mas um alerta para o agravamento da violência urbana no estado. Enquanto os criminosos desafiam o sistema, os heróis de farda continuam pagando com a própria vida.
A expectativa da sociedade é por respostas rápidas e efetivas, com a identificação, prisão e punição dos responsáveis, além de medidas concretas para que casos como o do sargento Antonilson Póvoas não se repitam.
Que Deus conforte a família e amigos neste momento de dor.





