Infelizmente na nossa cidade Cururupu, ocorreu um caso triste e grave, que resultou na morte de uma pessoa muito querida, a senhora Martinha Campelo Borges moradora do Povoado Baiano, onde a mesma após ser submetida a um exame de endoscopia no consultório do Dr. Walber Lima teve seu esôfago perfurado, o que acabou causando outras complicações pelos quais ela não resistiu e veio a óbito.
Fato que levou a indignação de amigos e familiares, e um alerta, onde os médicos precisam ter mais responsabilidade e atenção diante dessas questões, e evitar assim que ainda ocorram outros casos.
NOTA DE ALERTA E REPÚDIO
No dia 1º de Julho de 2020, após ser submetida a um exame de endoscopia no consultório do Dr. Walber Lima, a senhora Martinha Campelo Borges, 87 anos passou mal logo após o exame na sala do consultório, apresentando de imediato inchaço anormal abaixo de todo o pescoço. A vítima então foi encaminhada para o SPA, por transporte próprio sem a devida prestação de socorro do médico que realizou o procedimento.
Não apresentando melhoras, nem diagnóstico do que realmente tinha acontecido à família, a paciente foi transferida urgentemente para São Luís no dia seguinte para o Hospital Socorrão I, ficando no corredor durante dois dias, o que leva a revolta dos familiares sobre falta de interesse do médico, o qual prometera que ao chegar em São Luís estaria providenciado toda a transferência para um hospital melhor.
Medidas essas que poderiam ter preservado uma vida, pois os procedimentos necessários para evitar piores consequências, teriam que ser feitos em menos de 24 horas.
A paciente então conseguiu um leito de enfermaria, onde foi submetida a uma tomografia torácica, sendo então diagnosticada uma perfuração traumática esofágica, que resultou em uma Mediastinite.
Após cinco dias de angústia e sem poder se alimentar, a paciente realizou uma cirurgia de gastrostomia (GTT), pois não podia ingerir nada por via oral, e depois de muita insistência e pressão dos familiares em relação ao médico, foi feita então a transferência para o hospital Carlos Macieira no dia 07 de julho, sendo encaminhada para uma sala de UTI em estado grave.
A paciente ainda passou por outras cirurgias para tratar a infecção torácica causada pela lesão, e outra forma de alimentação a jejunostomia para poder se alimentar pelo intestino.
Porém após praticamente um mês lutando pela vida, no dia 30 de julho a mesma infelizmente veio a óbito.
Quanto ao posicionamento do médico em relação ao caso, o mesmo diz que não foi erro médico, mas apenas uma fatalidade…
Os familiares e amigos alertam e repudiam a ação do Dr. Walber Lima,que além de cometer esse erro grave , demonstrou- se desumano diante do caso, pois além de não estar na frente logo quando tudo aconteceu prestando os primeiros socorros e tomando as devidas providências e comprometimento em salvar uma vida, se omitiu a arcar com qualquer custo, pois uma vez que o exame foi feito em uma clínica particular o conveniente seria tudo ser realizado também por um hospital particular com o medico custeando as despesas necessárias.
Outro falta de assistência também, foi à dificuldade de comunicação, onde na maioria das vezes, o mesmo dava informações desconexas, não atendia as ligações e não respondia as mensagens.
Enfim, a demora do atendimento pelo hospital público só fez com que a situação e o sofrimento se agravassem ainda mais, resultando infelizmente nesse desfecho.
Triste ter que convivermos com uma situação, onde o profissional que confiávamos e acreditávamos nos proporcionou uma grande decepção, sendo “DESUMANO” com uma idosa e seus familiares.
Então fica o alerta, para que casos como esses não se repitam, que não tenhamos mais vitimas decorrentes desse “erro médico” sem punição ou qualquer reparação.
Fica o alerta! Finda a nota
O OUTRO LADO
Procuramos citado médico Gastroenterologista, Walber Lima, que afirmou ter feito e exame em dona Martinha e que ela já apresentava uma fístula traqueoesofágica, e infelizmente ela veio a óbito, em consequência de uma série de fatores, não foi simplesmente a endoscopia que motivou a morte, afirma o médico. Sobre a assistência Walber Lima alega que sempre manteve contato com os familiares, e que deu assistência.
NOTA DE WALBER LIMA, MEDICO GASTROENTEROLOGISTA.
Na verdade o que aconteceu com a Dona Martinha foi uma grande fatalidade, infelizmente aconteceu comigo, poderia acontecer com qualquer outro colega, com qualquer outro médico! O que aconteceu foi o seguinte, dona Martinha, veio para fazer um exame, uma endoscopia, solicitada por um, outro colega! Só que eles não falam, eles não citam que ela teve covid-19, ela teve covid, estava com uns 30 dias que ela tinha tido covid, ou menos disso!
Ela (Martinha) tinha uma fístula traqueoesofágica, o que significa isso? É uma comunicação entre o esôfago, por onde entra o aparelho da endoscopia e a traqueia, que é o início da árvore respiratória no pulmão, certo! Então, tinha uma fístula, e essa fístula, provavelmente foi uma sequela do covid, certo!
E quando a gente faz uma endoscopia, à gente injeta ar através do aparelho para ir distendendo os canais, o estômago, o estomago aonde a gente vai observar, fazer o exame, e nesse exame entrou ar, e através dessa fístula entrou ar, e ela acabou fazendo uma pneumotórax e um enfisema subcutâneo! O quê que é isso? É ar que entra no tórax, entre o pulmão e a parede torácica e também entrou na pele dela, aí aconteceu isso!
Isso durante o exame foi que aconteceu, infelizmente aconteceu comigo, mas não tem nada a ver, não foi erro médico, não foi negligência, isso aí, foi uma fatalidade, porque ela já tinha uma fístula, então na primeira tomografia que ela fez aí em Cururupu mesmo, o médico diz olha “fístula traqueoesofágica” certo! E devido a essa fístula teve esse pneumotórax, que foi esse problema aí, como ai em Cururupu, não tinha como resolver aí, ela foi enviada para São Luís, e ela chegou no Socorrão, conversei com a família, sempre dei assistência, eu não podia estar presente lá, mas eu estava conversando, relacionando, mantendo diálogo com a família o tempo todo.
Aí, com cinco dias que ela estava no Socorrão, nós conseguimos transferir ela para uma UTI do hospital HCM, ou seja, no Hospital dos Servidores, e lá foi feito todo o procedimento, todo o procedimento que tinha que ser feito, infelizmente ela veio a óbito, em consequência de uma série de fatores, não foi simplesmente a endoscopia que motivou a morte dela, como eles estão dizendo aí tá, não existe isso.
O que motivou a morte dela foi uma sequência de vários fatores, que foi a gravando, a pneumotórax foi a gravando em consequência de outros problemas que foram aparecendo, infecção hospitalar que ela pegou. Então foi tudo isso aí, mas o covid contribuiu e muito porque ouve essa fístula, e eu creio que foi uma sequela do covid que deve ter sido a origem desse problema, que originou tudo isso!
Bom, quanto ao que as pessoas estão falando e que a família fala, que eu não dei assistência, isso aí eu acredito que é uma inverdade, porque desde que ela foi daqui eu dando assistência o tempo todo, a assistência que eu digo, assim, conversando, falando orientando, intercedendo para conseguir um hospital melhor e o que foi feito, viu!
Agora, infelizmente aconteceu essa tragédia, certo, eu sou gastroenterologista, há 25 anos, nunca tinha acontecido um episódio desse, infelizmente aconteceu, e eu só tenho a lamentar muito.
Agora, infelizmente foi uma vida que foi ceifada, eu só tenho a lamentar, foi o que eu conversei com a família, com alguns familiares, conversei infelizmente, uma parte da família acha que foi negligência, outra acha que não foi, mas infelizmente eles estão direito deles de achar o que eles querem achar, mas eu também tô no meu direito de explicar o que eu tô te falando aqui agora, que não ouvi nada disso, não houve negligência, não houve nenhum tipo de desumanidade, não existiu nada disso, tá bom!. Disse Walber Lima.
Uma resposta
Que FDP. Pisou no código de ética e juramento feito. Tem q ser punido. Tem q ter o CRM cassado esse FDP.