A primeira-dama de Turilândia, Eva Maria Oliveira Cutrim Dantas, conhecida como Eva Curió, viu seu pedido para substituir a prisão preventiva por uma domiciliar ser negado. Essa decisão ocorreu após ela se entregar à polícia na manhã de quarta-feira (24), ao lado do marido, na Delegacia Geral da Polícia Civil do Maranhão, em São Luís.
Os advogados de defesa alegaram novamente que houve constrangimento ilegal por parte da desembargadora Maria da Graça Peres Soares Amorim, que é a relatora do caso. Entretanto, o desembargador José de Ribamar Froz Sobrinho, presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) e plantonista do Segundo Grau, não acatou o pedido.
Em sua decisão, publicada por volta das 4h15 desta quinta-feira, 25, feriado de Natal, Froz Sobrinho destacou a “complexidade da matéria” e o “conflito de competência” entre as diferentes instâncias jurisdicionais que têm o mesmo nível hierárquico.

Sobre o argumento da defesa, o desembargador enfatizou que qualquer insatisfação em relação às decisões deve ser encaminhada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que é o local adequado para rever atos realizados por magistrados de segundo grau.
Entenda mais sobre o caso
Eva Curió, que é pré-candidata a deputada, é mencionada no relatório do Gaeco como uma das participantes ativas em esquemas de desvios financeiros e faz parte do núcleo financeiro da organização criminosa chefiada pelo esposo, o prefeito Paulo Curió.
De acordo com as investigações, a primeira-dama administrava contas da Prefeitura e da Câmara Municipal, usando esses recursos para pagar despesas pessoais de sua família.
Áudios interceptados mostram que Eva Curió demonstrou preocupação com a rastreabilidade dos pagamentos de sua faculdade, que foram realizados diretamente por empresas contratadas pela prefeitura. Estima-se que ela tenha recebido diretamente cerca de R$ 433 mil em transferências de diversos indivíduos investigados.





