Crise energética atinge comunidades rurais e a sede do município e expõe falhas graves da Equatorial em Cururupu
A comunidade de Tapera de Baixo, na zona rural de Cururupu, corria o sério risco de passar o Natal sem água nas torneiras. Entre os dias 21, 22, 23 e 24 de dezembro, os moradores enfrentaram a interrupção no abastecimento, consequência direta da falta de energia elétrica no sistema que opera de forma trifásica.
Diante da ausência de respostas da Equatorial Energia, mesmo após a abertura de diversos protocolos oficiais, o SAAE de Cururupu, sob a gestão do engenheiro Eridelson Tavares, decidiu agir. Alinhado com o prefeito Aldo Lopes e o vice-prefeito Gustavo Pestana, o SAAE enviou equipe técnica à comunidade e realizou serviços que, institucionalmente, são de responsabilidade da distribuidora de energia.

Foram feitas podas de árvores, organização da estrutura elétrica local e ajustes no sistema de abastecimento, permitindo que o conjunto trifásico voltasse a operar normalmente. O resultado foi imediato: a água voltou a chegar de forma digna às casas dos moradores, garantindo tranquilidade às famílias em pleno período natalino.
Crise energética atinge comunidades rurais e a sede do município
O problema, no entanto, está longe de ser isolado. Durante toda a semana, diversas comunidades rurais de Cururupu sofreram com falta ou forte oscilação de energia elétrica. A situação evidencia a fragilidade da rede mantida pela Equatorial, especialmente fora do perímetro urbano, e exige uma resposta urgente da concessionária.
Na sede do município, o cenário também é preocupante. A população convive com interrupções frequentes no fornecimento de energia, causadas por postes antigos, fiação baixa e estruturas ultrapassadas. Os riscos à segurança são reais e já quase terminaram em tragédia.
Na semana passada, duas pessoas escaparam por pouco de uma descarga elétrica após um caminhão atingir a fiação aérea. Um cabo energizado se rompeu e caiu próximo a uma motocicleta modelo Biz. Graças à rápida reação do condutor e do garupa, uma fatalidade foi evitada. O fio permaneceu pendurado, energizado, oferecendo perigo iminente a quem transitava pelo local.
Cabos energizados, riscos e demora no atendimento
Outro episódio grave ocorreu no centro comercial de Cururupu, quando um cabo se rompeu e ficou exposto, também energizado. Um veículo que passou pela via chegou a receber carga elétrica. Comerciantes e populares precisaram isolar a área por conta própria, aguardando a chegada da equipe da Equatorial, que só apareceu próximo ao meio-dia.
Diante desse cenário, comerciantes, lojistas e profissionais liberais cobram providências urgentes: substituição dos postes antigos, modernização da rede elétrica e elevação da fiação, antes que vidas sejam perdidas.
Poda é responsabilidade da Equatorial, não dos moradores
Em várias comunidades, a poda de árvores próximas à rede elétrica é indispensável para evitar quedas de energia e acidentes. Essa tarefa é de responsabilidade da Equatorial, mas, segundo relatos, o serviço muitas vezes é feito de forma insuficiente ou inadequada.
A Assessoria de Comunicação do município tem intermediado o diálogo com a concessionária e algumas podas já foram realizadas. Ainda assim, os resultados são considerados tímidos frente à gravidade do problema. Moradores defendem que, quando as árvores estiverem dentro dos quintais, haja diálogo prévio, respeito às propriedades e cuidado especial com árvores frutíferas. Poda não pode ser confundida com desmatamento.
Quando o poder público age, a população sente a diferença
A intervenção do SAAE em Tapera de Baixo mostra que, quando há gestão, compromisso e ação, os problemas podem ser minimizados, mesmo diante da omissão de quem deveria cumprir sua função. O episódio também reforça a necessidade de a Equatorial assumir, de fato, suas responsabilidades em Cururupu, garantindo energia segura, contínua e de qualidade, tanto na zona rural quanto na urbana.
Enquanto isso não acontece, a população segue contando com a atuação do poder público municipal para evitar que o descaso vire tragédia.





