• MP aciona prefeito de Serrano do Maranhão por nepotismo: esposa, irmã e cunhada entre os nomeados

    Ministério Público pede exoneração imediata de seis parentes do prefeito Jonhson Medeiros por nomeações irregulares na prefeitura

    O Ministério Público do Maranhão (MPMA) ingressou com Ação Civil Pública por ato de improbidade administrativa contra o prefeito de Serrano do Maranhão, Jonhson Medeiros Rodrigues. A ação, ajuizada no último dia 23 de julho, denuncia a prática de nepotismo, com a nomeação de seis familiares do gestor para cargos comissionados na administração municipal.

    Segundo a Promotoria de Justiça de Cururupu, responsável pelo caso, a lista de nomeações irregulares inclui:

    ULTRAGAZ CURURUPU
    ULTRAGAZ CURURUPU
    • Ozélia Soares Lopes – esposa do prefeito, nomeada secretária municipal de Assistência Social;

    • Márcia Regina de Jesus – irmã do prefeito, nomeada tesoureira;

    • Ozana Soares Lopes – cunhada, atuando como diretora do Hospital Municipal;

    • Karla Rafaela Sousa Costa – cunhada, em cargo comissionado;

    • Leocádio Olimpio Rodrigues Júnior – primo, em cargo comissionado;

    • Jaciane Medeiro Rodrigues – sobrinha, também em cargo comissionado.

      Sinspumuc
      Sinspumuc

    Descumprimento de recomendação

    O promotor Francisco de Assis Silva Filho explicou que, após a instauração de procedimento para apurar o nepotismo na Prefeitura e na Câmara de Vereadores, foi emitida uma recomendação formal para a exoneração dos servidores. No entanto, o prefeito ignorou a orientação do MP e manteve os familiares nos cargos.

    “Apesar de os secretários municipais exercerem funções políticas, não se pode nomear esposa, irmã, cunhada, sobrinha e prima, sob pena de violação aos princípios da moralidade, eficiência e impessoalidade”, frisou o promotor.

    A fundamentação da ação está baseada na Constituição Federal e na Súmula Vinculante nº 13 do STF, que veda a nomeação de cônjuges ou parentes até o terceiro grau para cargos em comissão ou de confiança.

    Penalidades previstas

    O Ministério Público pede à Justiça a exoneração imediata dos familiares e a condenação dos envolvidos por improbidade administrativa, com base na Lei nº 8.429/1992. As penalidades solicitadas incluem:

    • Perda da função pública;

    • Suspensão dos direitos políticos por 3 a 5 anos;

    • Multa civil de até 100 vezes o valor da remuneração recebida;

    • Proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios públicos por até 5 anos.

    A ação tramita na comarca de Cururupu e aguarda decisão judicial sobre a liminar para as exonerações.

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