
Buriticupu (MA) – 11 de abril de 2025 — A cidade de Buriticupu, no interior do Maranhão, voltou ao centro do debate público nesta sexta-feira (11) com a realização de uma audiência pública para tratar da crise ambiental provocada pelo avanço das voçorocas — enormes erosões que ameaçam bairros inteiros e colocam em risco a vida de centenas de famílias.
A iniciativa foi liderada pela senadora Eliziane Gama (PSD), que esteve no município acompanhada por uma comitiva de autoridades e técnicos. Pela manhã, a senadora participou de uma vistoria nas áreas mais afetadas, ao lado do prefeito João Carlos, da deputada estadual Edna Silva, vereadores locais e representantes do governo federal, como Wesley Felinto, do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional e da Defesa Civil, e Jean Ricardo Nascimento, do Serviço Geológico do Brasil (SGB).
“A situação é crítica. Casas estão sendo engolidas pela terra, e a população vive com medo. Precisamos de ação imediata e coordenada entre todas as esferas de governo”, alertou Eliziane durante a inspeção.

À tarde, a audiência pública reuniu representantes do Ministério das Cidades, da Defesa Civil Nacional, do SGB, além de prefeitos de Buriticupu e Bom Jesus das Selvas, parlamentares, promotores, pesquisadores, estudantes e membros da sociedade civil. A presença da reitora da UEMASUL, Profa. Dra. Luciléa Gonçalves, e de representantes da UEMA e do IFMA reforçou a importância da participação acadêmica na busca por soluções sustentáveis.
Entre os encaminhamentos, destacam-se:
Solicitação de novos estudos técnicos do SGB para mapear com precisão as áreas de risco;
Criação de parcerias entre governo, universidades e iniciativa privada para frear o avanço das voçorocas;
Mobilização intergovernamental para garantir recursos e ações emergenciais.
A senadora defendeu que a resposta à crise vá além de medidas paliativas: “A audiência mostrou que, com diálogo e compromisso, é possível enfrentar esse desastre ambiental. A população não pode esperar mais.”
As voçorocas de Buriticupu vêm se agravando nas últimas décadas, escancarando problemas históricos de ocupação desordenada, falta de planejamento urbano e ausência de políticas preventivas. Agora, com a união de forças políticas, técnicas e sociais, o município busca uma virada que garanta segurança e dignidade aos seus moradores.