Os áudios e printes que foram divulgados sugerem uma possível tentativa de chantagem, visando pressionar o governador Carlos Brandão.

Após as denúncias realizadas pelo deputado Yglésio Moyses na Assembleia Legislativa, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, voltou a ser o centro dos holofotes no Maranhão. Os áudios e printes que foram divulgados sugerem uma possível tentativa de chantagem, visando pressionar o governador Carlos Brandão a cumprir acordos políticos em troca de “paz” e do desbloqueio de processos no Tribunal de Contas do Estado.

Em um dos áudios, o deputado federal Rubens Júnior (PT) refere-se a Flávio Dino, sugerindo que, caso o governador atendesse ao chamado “acordo de Colinas”, envolvendo interesses de aliados políticos, os conflitos poderiam ser resolvidos. Em resposta, a assessoria de Dino emitiu uma nota curta, esclarecendo que, desde fevereiro de 2024, ele “virou a chave” e não se envolve mais em assuntos políticos, apenas nas demandas do Judiciário.
Apesar dessa declaração oficial, a situação gera preocupações sobre a postura do ministro. Dada a gravidade das acusações e a relação próxima entre os envolvidos, Flávio Dino não pode simplesmente se dissociar desses acontecimentos. O momento exige mais do que uma resposta protocolar; requer uma atitude firme e transparência de alguém que sempre se apresentou como ícone de ética e integridade na política maranhense.
Assim, surge a pergunta: por que o deputado Rubens Júnior se pronunciou em nome de Flávio Dino? Ele tinha autorização para usar o nome de um ministro do STF em negociações políticas? A resposta é fundamental para esclarecer até onde se estende a verdade e onde começa o jogo de interesses.





