• Luto no Samba: Morre Arlindo Cruz, ícone da música brasileira, aos 66 anos.

    Sua poesia e sensibilidade transformaram hinos carnavalescos em clássicos da música brasileira.

    Arlindo Cruz O Brasil se despede de um dos maiores nomes do samba. Arlindo Cruz, cantor, compositor e referência cultural, morreu nesta sexta-feira (8/8), aos 66 anos, no Rio de Janeiro. Ele estava internado no CTI da Casa de Saúde São José tratando uma pneumonia.

    A morte foi confirmada pela família. Desde 2017, quando sofreu um AVC hemorrágico, o artista enfrentava sequelas que o afastaram dos palcos. Nos últimos anos, passou por internações frequentes devido a complicações respiratórias.

    ULTRAGAZ CURURUPU
    ULTRAGAZ CURURUPU

    Nascido no subúrbio carioca, Arlindo Cruz iniciou a carreira nos anos 1980 no Cacique de Ramos, berço de grandes nomes do samba. Seu talento logo chamou atenção, primeiro como compositor e depois como intérprete.

    Foi integrante do lendário Fundo de Quintal, responsável por modernizar o pagode e levar o ritmo a todo o Brasil.

    Entre seus maiores sucessos estão:

    Sinspumuc
    Sinspumuc

    Meu Lugar, O Bem, O Show Tem Que Continuar, Será Que É Amor entre outras.

    Em parceria com Sombrinha, lançou cinco álbuns entre 1996 e 2002. O auge comercial veio em 2009 com o DVD MTV ao Vivo: Arlindo Cruz, que vendeu mais de 100 mil cópias.

    Arlindo também brilhou como compositor de samba-enredo, vencendo disputas em escolas como Império Serrano, Grande Rio e Vila Isabel. Sua poesia e sensibilidade transformaram hinos carnavalescos em clássicos da música brasileira.

    Casado com a produtora Babi Cruz há mais de 26 anos, Arlindo era pai de Arlindinho e Flora Cruz. Em 2012, oficializou a união e, em 2022, renovou os votos em uma cerimônia íntima.

    Desde o AVC, recebeu apoio constante da família, que acompanhou de perto cada internação e tratamento incluindo o uso de óleo de cannabis para aliviar sintomas.

    Arlindo Cruz deixa um legado de mais de 550 composições registradas, incontáveis apresentações memoráveis e a marca de quem viveu pela música.

    Sua obra continuará ecoando em rodas de samba, desfiles de carnaval e no coração de milhões de brasileiros.

    Descanse em paz, poeta do samba. O show vai continuar.

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