Se aprovada, a proposta deve gerar repercussões distintas no cenário político.

BRASÍLIA – As eleições municipais, previstas para o próximo ano, podem ser adiadas para 2022, caso seja aprovada uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que está em discussão no Congresso Nacional. A medida prorrogaria por mais dois anos os mandatos de prefeitos e vereadores em todo o país.
O tema ganhou força na última quarta-feira (10), durante a Marcha dos Prefeitos, em Brasília, sendo um dos assuntos mais debatidos entre os gestores municipais.

PEC busca unificação das eleições
A proposta, de autoria do deputado Rogério Peninha Mendonça (MDB-SC), defende a unificação das eleições gerais e municipais a partir de 2022. O objetivo, segundo os defensores da PEC, é acabar com o atual modelo de pleitos a cada dois anos, considerado caro e desgastante para o país.
Em entrevista ao jornalista Elias Lacerda, o presidente da Federação dos Municípios Maranhenses (FAMEM), prefeito Erlânio Xavier (PDT), de Igarapé Grande, afirmou que a mudança é apoiada por grande parte dos gestores e parlamentares.
“Cada eleição custa em média quase um bilhão de reais. Com pleitos a cada dois anos, esse custo praticamente dobra. A unificação é necessária para aliviar os cofres públicos e simplificar o processo político”, declarou Erlânio.
Apoio da bancada maranhense
Segundo o presidente da FAMEM, a maioria dos deputados e senadores da bancada maranhense já manifestou apoio à PEC. Ele destacou que as federações de municípios de todos os estados estão se mobilizando para garantir a aprovação da proposta no Congresso.
“Estamos muito otimistas de que a mudança será aprovada, garantindo a unificação das eleições em 2022”, concluiu Erlânio Xavier.
Impactos políticos
Se aprovada, a proposta deve gerar repercussões distintas no cenário político: de um lado, prefeitos e vereadores ganhariam mais dois anos de mandato; de outro, pré-candidatos e opositores teriam que adiar seus planos eleitorais, o que deve aquecer ainda mais os debates locais e nacionais.





