
Na quarta-feira, dia 16, o deputado federal Pedro Lucas Fernandes, do partido União, participou de um evento para a assinatura da ordem de serviço que dará início à construção da nova extensão da Avenida Litorânea. Durante o evento, o parlamentar optou por não comentar sua indicação ao Ministério das Comunicações, afirmando: “Não está 100% certo”. Ele ainda salientou que não faria declarações adicionais sobre o tema.

A cautela de Pedro Lucas em se posicionar se dá pela incerteza que ronda o Ministério das Comunicações. Recentemente, foi revelado que mais da metade das assinaturas (56%) que permitiram o protocolo do pedido de urgência para a análise da anistia dos presos do 8 de janeiro pertencem a deputados de partidos que ocupam ministérios no governo Lula. O requerimento, com 262 assinaturas válidas, foi protocolado nesta segunda-feira na Câmara dos Deputados.

Entre essas assinaturas, 146 membro são de partidos como União Brasil, Progressistas, Republicanos, PSD e MDB, que contam com representantes em cargos ministeriais no governo do presidente Lula da Silva (PT). Enquanto a situação se desenrola, Pedro Lucas parece ter uma trajetória semelhante à do ex-ministro Juscelino Filho, especialmente considerando que há indícios de que ele destinou emendas parlamentares à Prefeitura Municipal de Arame, cujo governo é liderado por seu pai, Pedro Fernandes.
Novo ministro das Comunicações, Pedro Lucas Fernandes (União Brasil-MA) começou a carreira aos 19 anos no gabinete do próprio pai, o ex-deputado federal e atual prefeito de Arame (MA), Pedro Fernandes (União). Dados da Câmara dos Deputados levantados pela coluna apontam que o filho ocupou o cargo de secretário parlamentar de 1º de fevereiro de 1999, início do mandato do pai, a 28 de agosto de 2008. Ao todo, foram nove anos.





