
Uma infestação de caramujos africanos tem gerado preocupação entre os moradores de Cururupu e de diversas outras cidades do Maranhão. Sem predadores naturais no Brasil, esses moluscos se reproduzem de forma acelerada, com um único caramujo podendo gerar até 400 novas crias em um ano.
A presença desses animais é perigosa, pois eles são transmissores de doenças graves. Profissionais de saúde alertam para o risco da angiostrongilose abdominal, uma infecção que pode causar perfurações no intestino e sintomas semelhantes aos de apendicite. Além disso, eles também podem transmitir a angiostrongilíase meningoencefálica, que pode ser fatal.
O contágio acontece pela ingestão do parasita, seja pelo manuseio do animal ou pelo consumo de alimentos que foram contaminados pelo seu muco. Introduzido ilegalmente no Brasil na década de 1980 com a intenção de substituir o escargot, a criação do caramujo africano foi proibida pelo IBAMA. Como consequência, muitos criadores soltaram os animais na natureza, o que resultou na atual proliferação.

As secretarias de saúde locais enfrentam o desafio de controlar a infestação sem causar pânico na população, mas a colaboração de todos é fundamental. A orientação é que a sociedade procure as secretarias municipais de saúde de suas cidades para obter as devidas instruções sobre como lidar com a situação e auxiliar no combate à praga.






