
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio está entre as dez principais causas de morte, atingindo todas as faixas etárias e classes sociais. Para as especialistas, é fundamental compreender os sinais de alerta e buscar ajuda profissional o quanto antes.
Fatores de risco e sinais de alerta
A psicóloga Laice Miranda explica que, geralmente, quem concretiza o suicídio já apresentou tentativas anteriores, demonstrando um histórico de comportamento suicida. Entre os fatores de risco estão:
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depressão e outros transtornos psiquiátricos;

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conflitos familiares;
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término de relacionamentos;
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perda de emprego;
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histórico de abuso na infância;
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violência doméstica;
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uso de drogas e álcool;
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situações de bullying.
Segundo Laice, esses sofrimentos não podem ser julgados, mas compreendidos com empatia e acolhimento.
“A pessoa que concretiza o suicídio, geralmente, já tentou outras vezes, o que podemos chamar de comportamento suicida. São pessoas que carregam um sofrimento muito grande e na tentativa de diminuir a dor, buscam métodos que o levam à morte. Há diversos fatores de risco que podem ser os causadores, como um transtorno psiquiátrico (depressão…), brigas na família, perda de um emprego, término de um relacionamento, negligência ou abuso sexual na infância, violência doméstica, ser vítima de bullying, uso de drogas e álcool, entre outros fatores, são vulnerabilidades que precisam ser compreendidas”. Disse Laice
Quando acontece um caso de suicídio, toda a família, amigos, a sociedade de um modo geral, fica abalada, pois torna-se um sofrimento coletivo. Porém, há possibilidades de prevenir o comportamento suicida, e este deve iniciar na família, lidar com a morte é um tema que a maioria prefere evitar, mas deve ser trabalhado.
Já a psicóloga Ana Carla Pestana reforça que o suicídio não é um desejo de acabar com a vida, mas sim com a dor. Para ela, é possível identificar sinais como:
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isolamento social;
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mudanças bruscas de comportamento;
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ansiedade e medos constantes;
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choro frequente sem motivo aparente;
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insegurança e falta de motivação;
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pessimismo diante de qualquer situação.
“As pessoas dão sinais, elas pedem socorro. É um erro acreditar que quem pensa em suicídio não avisa”, destacou Ana Carla.
“Existe também um programa chamado “Centro de Valorização a Vida” só ligar para o número 188 onde terão pessoas capacitadas para ouvir alguém no momento de dor e desespero. Existem também serviços ofertados no município, acompanhamento psicológico nas UBS, Caps, Cras e atendimentos na rede de educação. Todos em um só objetivo, trabalhar a saúde mental, e favorecer melhor qualidade de vida”. Concluiu Ana Carla
Campanhas e prevenção
Ambas as profissionais ressaltam a importância de campanhas educativas, palestras em escolas e a qualificação de profissionais para evitar reincidências. O Setembro Amarelo, por exemplo, é uma campanha que incentiva a valorização da vida e promove cuidados com a saúde mental.
Além disso, existem serviços gratuitos de apoio, como o Centro de Valorização da Vida (CVV), disponível pelo telefone 188, além dos atendimentos oferecidos nos municípios através das UBS, CAPS, CRAS e escolas, que auxiliam na promoção da saúde mental.
Falar sobre suicídio é, acima de tudo, falar sobre vida. Para Laice Miranda e Ana Carla Pestana, o diálogo aberto, a informação correta e o apoio profissional são as principais ferramentas para reduzir os índices e salvar vidas.






Respostas de 2
E Um Assunto de suma importância…. muitas das vezes a sociedade vira as costas para tais sinais de comportamento suicida… E o ideal seria a família esta bem proximo.
Excelente matéria, Cláudio!