Desde o ano passado, Lula tem utilizado a justificativa de “impedir a direita de voltar ao poder” como base para assumir que poderia ser, sim, um candidato
Durante a campanha eleitoral de 2022, o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, tinha declarado que, se eleito, não concorreria à reeleição. Entretanto, três anos após essa afirmação, o presidente decidiu romper com essa promessa, anunciando sua intenção de se candidatar novamente em 2026, especialmente em um cenário onde não há outros líderes destacados na esquerda.
Logo no início de seu mandato, sua retórica já começou a mudar. Em fevereiro de 2023, Lula deixou em aberto a ideia de não concorrer mais, considerando essa possibilidade como uma hipótese, a qual foi defendida por seus aliados, ao mesmo tempo em que expressou sua expectativa de que novos candidatos surgissem.

Por fim, o que era antes uma mera possibilidade se transformou em uma necessidade. Desde o ano passado, Lula tem utilizado a justificativa de “impedir a direita de voltar ao poder” como base para assumir que poderia ser, sim, um candidato — culminando com sua declaração mais clara sobre suas ambições na Indonésia.





