Crianças foram estupradas, torturadas e queimadas vivas em crime que chocou o país

A Polícia Civil do Espírito Santo prendeu nesta semana a pastora Juliana Sales, acusada de envolvimento direto na morte dos próprios filhos, Kauã, de 6 anos, e Joaquim, de 3, em Linhares, no norte capixaba. Os crimes ocorreram em abril e envolvem também o pastor Georgeval Alves, marido de Juliana, que já estava preso desde o dia 28 daquele mês.
Segundo decisão do juiz André Dadalto, da 1ª Vara Criminal de Linhares, as investigações revelam que as crianças eram vítimas recorrentes de estupro, tortura e agressões físicas. No dia do crime, foram queimadas vivas durante um incêndio provocado intencionalmente pelo pastor Georgeval.
Crime teria sido motivado por ganância religiosa

O caso ganhou novos desdobramentos após o Ministério Público apontar que o assassinato dos filhos teria sido premeditado como forma de obter notoriedade religiosa e aumentar a arrecadação da igreja dirigida pelo casal.

“O pastor George, em parceria com a pastora Juliana, buscava uma ascensão religiosa e aumento expressivo de arrecadação de valores por fiéis e, para esta finalidade, ceifou a vida dos menores Kauã e Joaquim para se utilizar da tragédia em seu favor”, afirma o juiz na decisão.
Prisões e acusações
Georgeval Alves já responde pelos crimes de duplo homicídio qualificado, estupro de vulneráveis, tortura e fraude processual. Com a prisão de Juliana Sales, ela agora também é investigada por conivência, omissão e possível coautoria.
A prisão da mãe reforça a linha de investigação que aponta que o crime não foi isolado, mas sim planejado com a participação de ambos. A repercussão do caso é nacional e vem gerando comoção pública, especialmente pela brutalidade do crime e pelo envolvimento direto dos responsáveis legais das vítimas.
Repercussão e próximos passos
O caso segue sob investigação da Polícia Civil do Espírito Santo e o Ministério Público já solicitou novas diligências. Organizações de proteção à infância e movimentos sociais cobram punição exemplar e destacam a importância de políticas públicas de combate à violência doméstica e abuso infantil.





