• PT Nacional cria comissão provisória no Maranhão em meio a briga judicial pelo diretório

    O desfecho do caso dependerá tanto das movimentações jurídicas quanto da capacidade de articulação política interna para pacificar o partido no Estado.

    A Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) aprovou, nesta terça-feira (16), a instalação de uma Comissão Provisória no Maranhão, após a eleição para o diretório estadual ter sido judicializada.

    O pleito de julho, que garantiu a reeleição de Francimar Melo, da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), segue sub judice após questionamentos feitos pelos ex-candidatos Genilson Alves, Raimundo Monteiro e Francisco Rogério Sousa.

    ULTRAGAZ CURURUPU
    ULTRAGAZ CURURUPU

    Decisão do TJMA

    No último dia 10, o desembargador Ricardo Duailibe, do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), suspendeu a posse do diretório estadual, que estava prevista para o fim de semana. A decisão atendeu a pedido de reconsideração feito pelos três candidatos derrotados, embora o próprio magistrado já tivesse anteriormente validado a vitória de Melo.

    Sinspumuc
    Sinspumuc

    Com isso, a disputa interna no PT maranhense ganhou novo capítulo, colocando em evidência a divisão entre correntes internas e o peso da Justiça no processo.

    Comissão Provisória e novas eleições

    Segundo a resolução da direção nacional, as Comissões Provisórias poderão ser criadas em Estados onde decisões judiciais, ainda não definitivas, atrapalhem o funcionamento do partido. Esses colegiados terão mandato de até seis meses, prazo em que deverá ser realizado um Processo Extraordinário de Eleição Direta (PEDEX) para definir o diretório estadual.

    O documento também veta a participação de filiados que acionaram a Justiça contra deliberações internas da legenda. Isso significa que Alves, Monteiro e Sousa ficam automaticamente excluídos da futura composição, enquanto Francimar Melo poderá integrar a comissão.

    Impasse interno

    A decisão do PT Nacional busca evitar um vácuo de poder no Maranhão, mas também acirra os ânimos entre as correntes partidárias locais. O desfecho do caso dependerá tanto das movimentações jurídicas quanto da capacidade de articulação política interna para pacificar o partido no Estado.

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