• Vereadora Hellen Maravilha critica gestão de Cururupu por não implantar o PROERD nas escolas municipais.

    A polêmica abre espaço para um debate importante: até que ponto as gestões municipais estão comprometidas em adotar programas preventivos que envolvem diretamente a formação cidadã e a proteção da juventude?

    CURURUPU – A vereadora Hellen Maravilha utilizou um programa de rádio local na manhã desta quinta-feira (28) para criticar a não implantação do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (PROERD) nas escolas da rede municipal de ensino.

    O PROERD, inspirado no DARE, foi criado em 1983 em Los Angeles, Estados Unidos, e hoje está presente em todos os estados americanos e em mais de 50 países, incluindo o Brasil. O programa é desenvolvido pela Polícia Militar e tem como objetivo conscientizar crianças e adolescentes sobre os riscos do uso de drogas, estimular a cidadania e fortalecer a parceria entre escola, família e comunidade.

    ULTRAGAZ CURURUPU
    ULTRAGAZ CURURUPU

    Críticas da vereadora

    Durante a entrevista, Hellen destacou que a adesão ao PROERD não gera custos para o município, já que o programa é custeado pela Polícia Militar. A parlamentar afirmou ainda que disponibilizaria o material didático necessário para os alunos.

    Segundo ela, a surpresa veio ao ser informada pela Secretaria Municipal de Educação que o município não implantaria o PROERD porque já havia sido contemplado com o Programa Ronda Escolar. Para a vereadora, a justificativa não se sustenta:

    “Essa justificativa não existe. Os jovens de Cururupu precisam desse programa. As drogas estão dominando, crianças e adolescentes sendo aliciados por facções, e a gestão não teve sensibilidade ao recusar um projeto que só traria benefícios. Eu fiz meu papel, consegui a aprovação unânime na Câmara, mas depende do Executivo colocar em prática”, declarou Hellen Maravilha.

    Sinspumuc
    Sinspumuc

    Indicação aprovada, mas não executada

    A proposta de implantação do PROERD em Cururupu foi aprovada por unanimidade pelos vereadores, mas, para sair do papel, depende de adesão do Executivo Municipal.

    Hellen também questionou a postura da gestora da educação, ressaltando que, sendo professora, deveria compreender a importância do programa:

    “Fico surpresa que uma educadora não tenha interesse em implantar um programa tão relevante. Minha crítica não é pessoal, mas à gestão, que perdeu uma grande oportunidade de proteger nossas crianças”.

    Comparação com outras iniciativas

    A vereadora lembrou ainda que coordena o projeto Bombeiro Mirim, implantado sem custos para o município e com forte impacto social. Para ela, tanto o Bombeiro Mirim quanto o PROERD e o Ronda Escolar podem coexistir, ampliando a rede de proteção aos jovens.

    “Não entendo até agora essa recusa. Os dois programas não geram despesas e poderiam atuar juntos, fortalecendo nossas crianças contra as drogas e a violência”, concluiu.

    Posicionamento da gestão

    A equipe de reportagem do iCururupu tentou contato com a Secretaria Municipal de Educação para obter esclarecimentos sobre as críticas e sobre a não implantação do PROERD, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.

    A polêmica abre espaço para um debate importante: até que ponto as gestões municipais estão comprometidas em adotar programas preventivos que envolvem diretamente a formação cidadã e a proteção da juventude?

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