• MPE investiga suposta laranja do PRB em esquema de irregularidades na prestação de contas.

    O inquérito vai apurar se houve desvio de verbas públicas eleitorais e se a candidata atuou como laranja em um possível esquema de desvio de recursos.

    MARANHÃO – O Ministério Público Eleitoral (MPE) instaurou procedimento extrajudicial e inquérito policial para investigar possíveis irregularidades na prestação de contas da candidata a deputada estadual Marisa Regina Duarte Teixeira, conhecida como Marisa Rosas, pelo PRB (atual Republicanos). A medida foi determinada pelo procurador regional eleitoral substituto, Juraci Guimarães Júnior.

    A apuração envolve não apenas a candidata, mas também sua contadora e representantes das empresas contratadas com recursos de campanha. O partido é presidido no Maranhão pelo deputado federal Cleber Verde.

    ULTRAGAZ CURURUPU
    ULTRAGAZ CURURUPU

    Doações milionárias x votação inexpressiva

    Segundo dados do Sistema de Divulgação de Candidaturas (DivulgaCand), Marisa Rosas recebeu R$ 585 mil da Direção Nacional do PRB, sendo 39,31% provenientes do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) e 60,68% do Fundo Partidário (FC).

    Apesar do montante expressivo, a candidata obteve apenas 161 votos nas eleições de 2018. Os registros apontam que os recursos foram utilizados em publicidade impressa, combustíveis e locação de veículos.

    Sinspumuc
    Sinspumuc

    Chama atenção ainda o fato de Marisa Rosas nunca ter disputado eleições antes e, desde 2016, ser beneficiária do Programa Bolsa Família.

    Suspeita de laranja e desvio de recursos públicos

    Entre os onze candidatos a deputado estadual e os dois a deputado federal pelo PRB no Maranhão, Marisa Rosas foi a segunda maior beneficiária de recursos partidários, superando políticos mais experientes e de maior expressão.

    Para o procurador Juraci Guimarães Jr.:

    “A condição econômica da candidata, aliada à sua inexperiência política, não torna crível que ela tenha sido agraciada pelo partido como a segunda maior beneficiária e tenha tido tão inexpressiva votação. A instauração de procedimento pelo Ministério Público e a determinação de abertura de inquérito policial irão apurar eventual prática de desvio de dinheiro público das eleições.”

    Oitiva e empresas envolvidas

    O MP Eleitoral determinou a realização de oitivas com a candidata, a contadora Tatiana Gomes Melo e representantes das empresas L Ferreira Paz de Sousa, K de Sousa Pinto, HSC Pereira, Gráfica Santa Clara e LAS de Lemos.

    O inquérito vai apurar se houve desvio de verbas públicas eleitorais e se a candidata atuou como laranja em um possível esquema de desvio de recursos.

    Deixe uma resposta